Carmelo da Santíssima Trindade
Monjas da Ordem dos Irmãos Descalços
da Bem-Aventurada Maria do Monte Carmelo
Fotografia de fundo: Carmelo da Guarda
A COMUNIDADE "TERESIANA"no deserto
O que Santa Teresa procurou ao fundar o seu primeiro Carmelo, como já vimos algures (P. Tomás Alvares OCD) , foi A SOLIDÃO E A COMUNIDADE, ambas bem «combinadas» e unidas:
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Solidão da Comunidade que ela exprimirá através daquilo a que chama: «grande encerramento» (Clausura estrita)
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Solidão das irmãs, mas dentro de uma Comunidade.
É justamente isto que ela encontra na Regra dos eremitas. É interessante como Teresa de Jesus usa termos indicadores fundamentais da nossa vida, por ex :
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Quando escreve: "Aqui somos um Colégio de Cristo"; "Casa da Virgem"; "Pombaizitos da Virgem" ou fala em «andar com a Comunidade», está a sublinhar o dado cenobítico da Regra
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Quando diz que «somos eremitas» que " a solidão é a sua consolação" ou que o ideal das Irmãs reunidas no seu 1º Mosteiro é viver "sozinhas com ELE somente!" está a reafirmar a primitiva inspiração eremítica e contemplativa da Regra.»
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Quando sintetiza numa expressão muito bela o IDEAL DE VIDA dos seus Mosteiros, engloba toda a Regra: "Pretendemos não ser apenas monjas mas também eremitas"
Podemos sintetizar dizendo que:
«Os 3 elementos mais significativos da solidão em comunidade teresiana são:
Esta solidão é característica da Comunidade teresiana, mas esta comunidade não é só SOLIDÃO, existe também COMUNHÃO. Podemos definir a vida Comunitária teresiana como «estar sempre unidas podendo estar algumas vezes juntas».
Podemos apresentar os momentos mais significativos da Comunhão entre as Irmãs:
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O estar só, (Regra dos eremitas) tal como diz Bonhoeffer: "Bendito aquele que está só com a força da Comunidade"
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O Oratório e o Refeitório Comum (Regra dos eremitas)
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O Recreio teresiano (criado por Santa Teresa - ÚNICO MOMENTO em que nos relacionamos na espontaneidade )
Todas usufruímos do mesmo ideal e dos mesmos meios para o alcançarmos! Por isso vivemos em Comunidade. Por outro lado, nada nos pertence: tudo é comum. A vida solitária que vivemos em que o silêncio e a solidão abundam uma boa parte do dia, não impedem realmente a comunhão e vida fraterna.