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Fotografia de fundo:  Carmelo da Guarda

  A COMUNIDADE "TERESIANA"no deserto

O que Santa Teresa procurou ao fundar o seu primeiro Carmelo, como já vimos algures (P. Tomás Alvares OCD) , foi  A SOLIDÃO E A COMUNIDADE, ambas bem  «combinadas» e unidas:

 

  1. Solidão da Comunidade que ela exprimirá através daquilo a que chama: «grande encerramento» (Clausura estrita)

  2. Solidão das irmãs, mas dentro de uma Comunidade.

 

É justamente isto que ela encontra na Regra dos eremitas. É interessante como Teresa de Jesus usa termos indicadores fundamentais da nossa vida, por ex :

  • Quando  escreve: "Aqui somos um Colégio de Cristo"; "Casa da Virgem"; "Pombaizitos da Virgem" ou fala em «andar com a Comunidade», está a sublinhar o dado cenobítico da Regra

  • Quando diz que «somos eremitas» que " a solidão é a sua consolação" ou que o ideal das Irmãs reunidas no seu 1º Mosteiro é viver "sozinhas com ELE somente!"  está a reafirmar a primitiva inspiração eremítica e contemplativa da Regra.»

  • Quando sintetiza numa expressão muito bela o IDEAL DE VIDA dos seus Mosteiros, engloba toda a Regra: "Pretendemos não ser apenas monjas mas também eremitas"

Podemos sintetizar dizendo que:

«Os  3 elementos mais significativos da solidão em comunidade teresiana são:

  1. A Clausura,

  2. a cela 

  3. ermida   

 

Esta solidão é característica da Comunidade teresiana, mas esta comunidade não é só SOLIDÃO, existe também COMUNHÃO. Podemos definir a vida Comunitária teresiana como «estar sempre unidas podendo estar algumas vezes juntas»

Podemos apresentar os momentos mais significativos da Comunhão entre as Irmãs:

  1. O estar só, (Regra dos eremitas) tal como diz Bonhoeffer: "Bendito aquele que está só com a força da Comunidade"

  2. O Oratório e o Refeitório Comum (Regra dos eremitas)

  3. O Recreio teresiano (criado por Santa Teresa - ÚNICO MOMENTO em que nos relacionamos na espontaneidade )

síntese

Todas usufruímos do mesmo ideal e dos mesmos meios para o alcançarmos! Por isso vivemos em Comunidade. Por outro lado, nada nos pertence: tudo é comumA vida solitária que vivemos em que o silêncio e a solidão abundam uma boa parte do dia, não impedem realmente a comunhão e vida fraterna.

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